Dicas - Cuidados com a peça

COMO CUIDAR DAS SUAS ROUPAS
Cuidar das roupas não é nenhuma tarefa complicada, mas devemos prestar atenção em alguns detalhes importantes para que nossos looks durem o maior tempo possível e sempre com aquela aparência de roupa nova. Esses cuidados se dão desde a maneira que lavamos e secamos as roupas, até a melhor forma de armazena-las em nossos closets.
1 - ETIQUETAS. Verifique as etiquetas das roupas para saber se elas podem (ou não) ser lavadas na máquina e quais produtos são permitidos.
Se você não tem o hábito de conferir as etiquetas das roupas, chegou a hora de mudar isso! É muito importante prestar atenção nas informações presentes para saber quais produtos podem ser usados. Caso a etiqueta possua o desenho de uma bacia comum, significa que a roupa pode ser lavada normalmente. O número presente dentro da bacia indica a temperatura máxima que pode ser usada durante a lavagem. Caso o desenho da bacia possua uma mão dentro, significa que a peça deve ser lavada à mão, e nunca na máquina.

Além de indicarem se as peças podem (ou não) ser lavadas na máquina, as etiquetas também mostram quais produtos podem ser usados no processo. Caso venha com um desenho de um triângulo com um X, por exemplo, significa que o uso de alvejante é proibido. Mas, caso apareça apenas um triângulo comum, o uso do alvejante está liberado. Para verificar esses pequenos detalhes, é muito importante que você sempre olhe as etiquetas, ok?
2. Não deixe as peças durante muito tempo de molho
Essa é uma dica muito importante para quem tem o costume de esquecer as roupas de molho dentro do balde. Quando as peças ficam muito tempo submersas na água elas podem acabar desbotando e até ficando com mau cheiro. Por isso, o ideal é que você deixe as roupas de molho apenas durante uns 30 minutos ou no máximo 2 horas (dependendo da peça e do tipo de tecido). Algumas pessoas pensam que, quanto mais tempo a roupa ficar de molho, mais limpa ela ficará. No entanto, esse é um erro dos grandes, pois caso ela fique tempo demais debaixo d'água, corre o risco de o tecido danificar. Preste bastante atenção para não perder a hora e coloque até um despertador se for necessário, ok?

3. Tome cuidado com a quantidade de sabão em pó colocado na máquina
Muita gente também comete o erro de exagerar na quantidade de sabão em pó para a lavagem na máquina. Quando isso acontece, o tecido demora mais para enxaguar e até pode estragar por conta do excesso de produto. Além de desperdiçar sabão e demandar uma quantidade maior de água para o enxágue, isso não não ajuda em nada na limpeza da roupa. Então lembre-se de maneirar na hora que for colocar o sabão, ok?

O mesmo serve para outros produtos (como amaciante e alvejante). Algumas pessoas têm o hábito de caprichar no amaciante na hora de lavar toalhas. Isso porque o produto deixa um cheirinho bem agradável. Mas, para quem não sabe, o tecido pode acabar perdendo o seu potencial de absorção caso seja lavado com muito amaciante. Por isso, atenção!
4. Não use escovas para esfregar peças muito frágeis
Quando as roupas são lavadas à mão é comum usar escovas para esfregar o tecido e tirar manchas, né? O problema é que isso não pode ser feito com todas as peças. Alguns materiais são mais delicados que outros e, por isso, devem ser esfregados com maior cuidado (apenas com os dedos) e torcidos levemente. Peças de seda e lã, por exemplo, nunca podem ser esfregadas com aquelas escovas para roupa. Deixe para fazer isso apenas com as mais resistentes, como as de jeans e algumas de algodão.
5. Na hora de lavar as roupas na máquina, não as separe apenas pela cor
Na hora de lavar as roupas na máquina, um dos maiores perigos é acabar colocando uma peça colorida no meio das brancas. Afinal, corre o risco de todas ficarem rosinhas e manchas! Mas se engana quem pensa que esse é o único erro que as pessoas cometem. Separar as roupas por tipo de tecido (leves e pesados) por exemplo, também é algo fundamental.

Toalhas de rosto e de banho, por exemplo, devem ser lavadas separadamente. O mesmo serve para as roupas de cama, como lençóis e fronhas. Roupas jeans (calças, shorts, casacos e vestidos) também devem ser lavadas em ciclos mais leves - por isso, nunca as coloque junto com peças que serão lavadas em ciclos pesados. Seguindo essas dicas, pode apostar que não corre o risco de as roupas estragarem!
6 - TEMPERATURA. Cuidado com a temperatura e com os produtos utilizados
Ao levar à máquina, é importante se atentar a duas coisas: regular temperatura da água, se ela tiver essa função, e evitar o uso de alvejantes. Temperaturas mais quentes, de 60ºC a 90ºC, podem deixar a limpeza mais profunda e ainda mais higiênica no caso dos artigos que suportem altas temperaturas.

Em geral, a recomendação é verificar os símbolos indicados na etiqueta, para evitar o encolhimento de determinados tecidos. Dentre eles, os naturais de origem vegetal (algodão e linho), animais (lã e seda) e os artificiais produzidos com polímeros naturais (viscose, tencel e acetato).
Se puder, use mais de uma vez
A campanha Don’t Overwash (Não lave demais, em tradução livre) pede para as pessoas lavarem menos as roupas, tanto para conservar melhor as fibras quanto pela economia de água. A iniciativa foi lançada pelo projeto The Care Label em 2017. Peças de algodão tendem a usar mais água no processo de lavagem, enquanto o poliéster libera pequenas partículas de plástico que não são absorvidas pelos filtros das máquinas ou pelas redes de esgoto.

“Os microplásticos acabam parando nas águas de rios, lagos e oceanos, na barriga dos peixes e, consequentemente, na nossa barriga. Quanto mais lavamos os itens de poliéster, mais microplástico é liberado no ambiente”, explica Rafaella Lacerda, especialista em têxtil e professora do curso de design de moda do Centro Universitário Iesb.
Existem receitas caseiras que utilizam ingredientes simples para remover o odor das roupas entre um uso e outro. Uma delas recomenda borrifadas com 2 xícaras de água, 1/4 de álcool e 1/4 de vinagre de álcool.
Como secar de maneira adequada
Se a lavagem não pode ser de qualquer jeito, os passos que vêm depois seguem a mesma regra, incluindo a secagem. A etiqueta, novamente, é importante para entender as especificações de cada peça. Algumas podem secar no cabide – especialmente as de alfaiataria, como blazers ou camisas – em posição vertical, no próprio varal. Peças de tricô, por exemplo, precisam repousar em posição horizontal, pois podem deformar.

“A melhor forma é secar as peças na sombra. Nada de secar ao Sol! Além de desbotar as cores, o Sol deixa as peças duras e difíceis de passar”, recomenda Valéria Albernaz. Quanto à secagem na máquina, as toalhas são as únicas peças que ela sugere que passem por esse processo, já que não podem ser passadas com o ferro. O processo deixará as fibras macias, segundo a personal organizer.
A secagem também tem suas peculiaridades. Algumas peças devem secar em posição vertical. Outras, como itens de tricô, no sentido horizontal.
O sol pode deixar o tecido duro, difícil de passar, e desbotar as cores.
E o ferro de passar?
Para a passadoria… Adivinhe! É outro processo que exige uma conferida na etiqueta. As fibras têxteis suportam diferentes tipos de calor. Algumas podem até derreter se forem passadas. Usar uma proteção no ferro ou passar do lado avesso também pode ajudar.

“Ultimamente, até por causa da pandemia, só tenho passado os lençóis, em função da higiene, como uma maneira de esterilizar. No resto das roupas, observo as maneiras de secagem de cada uma, nas etiquetas. Já deixo a maioria secando em cabides ou bem retas no varal, para evitar a passadoria”, comenta Lacerda.

Caso você opte por passar, separe roupas mais delicadas, que pedem temperaturas mais brandas, das mais grossas, que precisam do ferro mais quente. Na hora de organizar, faça as pilhas nessa ordem.
Por fim, armazene adequadamente
Agora que você já passou por todos esses processos, não guarde suas peças de qualquer jeito. O armazenamento também é uma etapa importante da conservação. Peças de malha, assim como as de tricô, por exemplo, devem ser dobradas em vez de penduradas em cabides. Como são mais pesadas, elas tendem a ficar deformadas se forem guardadas em posição vertical.

Também é importante manter as roupas em um espaço livre de umidade, onde o tecido possa respirar. Usar capas de plástico pode ser uma má ideia, já que o material impede a respiração das fibras e pode facilitar a formação de mofo ou de bolor, explica a professora.

Carlos Brainta, colecionador vintage e proprietário do Brechó Z, deu algumas dicas ao blog de Ana Maria Braga. Entre elas, deixar peças de couro tomando Sol intenso a cada três meses, durante uma hora. Os itens de pele devem ficar expostos por três horas a cada dois meses.

Vale lembrar que, à medida que vai sendo usado, o ferro esquenta mais. “Se for ferro a vapor, a dica é colocar água filtrada. Normalmente, as pessoas colocam água da torneira, que vem com resíduos que, com o tempo, acumulam no compartimento da água e acabam sujando a roupa”, aponta Albernaz.
Agora que você cuidou bem das suas roupas em todos os passos anteriores, não guarde de qualquer jeito. O armazenamento adequado também é importante para a conservação.
Peças de tricô devem ser dobradas para evitar que deformem, já que são mais pesadas.
Mantenha as roupas longe da umidade, para evitar bolor ou mofo. Evite, inclusive, as capas de plástico
O seu cesto ou guarda-roupa deve ser devidamente fechado, para evitar o acúmulo de poeira nas roupas limpas. Se for vazado, o pó pode acabar sendo selado na hora de passar. Por mais que você prefira deixar algumas peças para ocasiões especiais, lembre-se de que roupas guardadas também envelhecem. Por isso, não deixe de usar!